Ir descansar. Partir dessa pra melhor. Vestir o paletó de madeira. Não importa o eufemismo usado, invariavelmente o assunto ‘morte’ é tema de divergências de opiniões.
Apesar de nascermos com a consciência de que esse dia chegará, não nos conformamos com o fato de que não teremos controle sobre o evento. O ser humano é manipulador e egoísta demais para não se incomodar com a idéia de que a qualquer momento poderemos simplesmente morrer e nada ou muito pouco poderemos fazer a respeito.
Vai pela sorte. Ou pelo azar... Tanto faz. O relevante mesmo é que travamos longas batalhas interiores quando pensamos em como será o (último) dia.
Ontem mesmo vi um filme que se chama ´´ minha vida sem mim `` onde mostra-se o caso de uma mulher de 24 anos que se descobriu com um câncer e lhe restava apenas 60 dias de vida.
O que você faria?
Respondam para vocês mesmos. Saber que vamos morrer um dia já não deveria ser o suficiente para vivermos plenamente? Para fazermos felizes quem amamos? Para fazermos o certo? Para vivermos emoções e aventuras que nos proporcionariam uma felicidade intensa?
Precisamos mesmo ter uma notícia FATAL para vivermos intensamente?
Refuto fortemente a idéia de que o medo ou a consciência de uma morte próxima são justificativas para se aproveitar uma vida como se deve.
Temer é inútil e não anula a realidade de maneira alguma. Invariavelmente um dia você morrerá. Quer fazer alguma coisa a respeito?
Comece agora e VIVA.
Amanhã já é tarde demais.
(Bruno Cabral & Ruana Arcas, Setembro 2009)
~
Esse é o primeiro post da história do Despenteeia que foi feito 50% por mim. O responsável pelos outros 50% é o Bruno Cabral, dono do http://contemporaneorj.blogspot.com/. Ele é, há uns 11 anos, melhor amigo da minha prirmã Brunna Arcas, e, há menos de 1 ano, um dos meus (poucos) leitores assíduos. E, mesmo com toda sua agenda lotada, aceitou dividir um texto com essa humilde pseudo-escritora, hehe. Brigadão viu Bruno? Pelos elogios, comentários e pelo carinho por mim e pelo meu querido blog. Você, sem dúvidas, se tornou um dos meus escritores preferidos!
Espero que todo mundo goste do post do mesmo jeito que eu gostei!
Um beeeeijo
terça-feira, 29 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
“O vestibular...
...virou indústria. E os robôs que saem das usinas pré-vestibulares só tem dois movimentos: marcar cruzinha e rezar.”
(Luis Fernando Veríssimo)
(Luis Fernando Veríssimo)
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Eu (me) amo.
Sério, cheguei à conclusão de que EU ME AMO. De verdade. Eu e eu mesma vivemos uma linda história de amor. Não que eu seja perfeita (seria a maior mentira contada por mim, hehe). A questão é que eu gosto de mim, assim, desse jeitinho.
É óbvio que com 365 dias por ano, em pelo menos uns 170 eu acordo odiando meu cabelo por ele estar tão estranho... Querendo usar um saco de pão na cara pelo resto do dia, pra tampar essas malditas espinhas e olheiras. Desejando poder comer sem engordar, pra ter a barriga retinha. Mas depois eu geralmente percebo que até que eu gosto do meu cabelo nem liso nem enrolado, das minhas gordurinhas (todo avião tem pneus ok?) e sei que se dormir mais um pouco as olheiras somem. E ainda amo minha boca, minhas mãos, minhas unhas, minha sobrancelha que não precisa ser feita e minhas costas (não sei por quê).
Só que eu me sinto muito mais linda quando leio um texto meu e vejo que ficou como eu queria. Quando eu tiro uma nota maior do que a que eu esperava... E quando alguém diz “Nossa Ruana, meus parabéns! Você ta se superando!”? É o paraíso aqui mesmo, na Terra.
Por isso, eu não tenho vergonha nenhuma de expor todos os meus defeitinhos, minhas fraquezas... Não quero aparecer perfeita pra ninguém, porque odeio decepcionar. Eu sou assim, como você me vê. Me amo e ainda sou correspondida.
É óbvio que com 365 dias por ano, em pelo menos uns 170 eu acordo odiando meu cabelo por ele estar tão estranho... Querendo usar um saco de pão na cara pelo resto do dia, pra tampar essas malditas espinhas e olheiras. Desejando poder comer sem engordar, pra ter a barriga retinha. Mas depois eu geralmente percebo que até que eu gosto do meu cabelo nem liso nem enrolado, das minhas gordurinhas (todo avião tem pneus ok?) e sei que se dormir mais um pouco as olheiras somem. E ainda amo minha boca, minhas mãos, minhas unhas, minha sobrancelha que não precisa ser feita e minhas costas (não sei por quê).
Só que eu me sinto muito mais linda quando leio um texto meu e vejo que ficou como eu queria. Quando eu tiro uma nota maior do que a que eu esperava... E quando alguém diz “Nossa Ruana, meus parabéns! Você ta se superando!”? É o paraíso aqui mesmo, na Terra.
Por isso, eu não tenho vergonha nenhuma de expor todos os meus defeitinhos, minhas fraquezas... Não quero aparecer perfeita pra ninguém, porque odeio decepcionar. Eu sou assim, como você me vê. Me amo e ainda sou correspondida.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Perdidamente apaixonada.
Um shopping lotado não é o melhor lugar pra se apaixonar, mas foi assim que aconteceu comigo.
Eu seria capaz de enxergá-lo a metros e mais metros de distância. Uma beldade daquelas era a prova da existência Divina. Que pessoa do sexo feminino não vibraria de prazer por dentro ao poder afirmar “É meu!”? A cada passo que eu me aproximava dele eu percebia o alto astral que ele emanava. Cada segundinho mais perto me fazia pensar em como eu seria feliz com um desses aos meus pés. Me deixaria mais bonita, sorridente e até elegante.
Agora que eu o tinha em minhas mãos, somente algumas notas (em uma quantidade multiplicada da que eu possuía no momento) me separavam da minha mais nova paixão. Quem mandou eu me apaixonar por um par de sapatos?
Eu seria capaz de enxergá-lo a metros e mais metros de distância. Uma beldade daquelas era a prova da existência Divina. Que pessoa do sexo feminino não vibraria de prazer por dentro ao poder afirmar “É meu!”? A cada passo que eu me aproximava dele eu percebia o alto astral que ele emanava. Cada segundinho mais perto me fazia pensar em como eu seria feliz com um desses aos meus pés. Me deixaria mais bonita, sorridente e até elegante.
Agora que eu o tinha em minhas mãos, somente algumas notas (em uma quantidade multiplicada da que eu possuía no momento) me separavam da minha mais nova paixão. Quem mandou eu me apaixonar por um par de sapatos?
domingo, 6 de setembro de 2009
...
(...)
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: “Meu filho, o que se há de fazer!”
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
A partir da letra da composição musical proposta, o discurso feminista estigmatizou a personagem Amélia: considerou-a o exemplo de mulher a não ser seguido, a não ser copiado. Como as intenções dos autores não eram essas, faça, em aproximadamente 25 linhas, com um título bem sugestivo, uma narrativa em que se conte a história de uma mulher que seja uma reprodução da Amélia imaginada pelos autores.
Mulher com ‘m’ maiúsculo
Não dá nem pra começar com “Era uma vez”. Não é um conto de fadas, nem deixa outras mulheres com enorme vontade de passar pelo mesmo. A história de Ana poderia receber inúmeros adjetivos, mas o que melhor se encaixa é, sem dúvidas, impressionante.
Com apenas 17 anos de idade, a ainda menina Ana se uniu a Pedro, um rapaz de 25 anos na época, muito honesto e trabalhador. Desde que era um pingo de gente, era essa a vida que pedia aos céus: dedicar-se ao marido por toda sua permanência neste planeta, até que a morte os separasse. Esse desejo, somado ao machismo de seu agora marido fez com que eles se tornassem realmente um casal, no sentido mais amplo da palavra.
Por mais que as pessoas julgassem medonha toda essa subordinação, a garota nem dava ouvidos, estava mais preocupada com o bolo no forno, que não podia solar. Aliás, sua casa era extremamente organizada, tudo em seu devido lugar, com uma perfeição de deixar muita senhora boquiaberta. Era a orquestra que ela regia.
Cinqüenta e três anos mais tarde, Ana mudou seu estado civil para “viúva”. Sofreu de uma maneira nunca vista antes. Afinal, ela vivera a vida daquele homem, já nem se recordava de como era viver a sua. Porém, em nenhum segundo passou uma gota de arrependimento por seus pensamentos. Carregava dentro de si a mais absoluta certeza de que seu dever estava mais do que cumprido: em cada dia, pensou primeiro em Pedro do que nela. Porque sua própria satisfação era vê-lo satisfeito. E viu.
Ruana Arcas
~
Foi com esse texto que eu passei pra 2ª fase da tal Olimpíada de Redação do SPAE. Tava sem nada novo, então resolvi postar isso...
Beijo e bom domingão!
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: “Meu filho, o que se há de fazer!”
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade
A partir da letra da composição musical proposta, o discurso feminista estigmatizou a personagem Amélia: considerou-a o exemplo de mulher a não ser seguido, a não ser copiado. Como as intenções dos autores não eram essas, faça, em aproximadamente 25 linhas, com um título bem sugestivo, uma narrativa em que se conte a história de uma mulher que seja uma reprodução da Amélia imaginada pelos autores.
Mulher com ‘m’ maiúsculo
Não dá nem pra começar com “Era uma vez”. Não é um conto de fadas, nem deixa outras mulheres com enorme vontade de passar pelo mesmo. A história de Ana poderia receber inúmeros adjetivos, mas o que melhor se encaixa é, sem dúvidas, impressionante.
Com apenas 17 anos de idade, a ainda menina Ana se uniu a Pedro, um rapaz de 25 anos na época, muito honesto e trabalhador. Desde que era um pingo de gente, era essa a vida que pedia aos céus: dedicar-se ao marido por toda sua permanência neste planeta, até que a morte os separasse. Esse desejo, somado ao machismo de seu agora marido fez com que eles se tornassem realmente um casal, no sentido mais amplo da palavra.
Por mais que as pessoas julgassem medonha toda essa subordinação, a garota nem dava ouvidos, estava mais preocupada com o bolo no forno, que não podia solar. Aliás, sua casa era extremamente organizada, tudo em seu devido lugar, com uma perfeição de deixar muita senhora boquiaberta. Era a orquestra que ela regia.
Cinqüenta e três anos mais tarde, Ana mudou seu estado civil para “viúva”. Sofreu de uma maneira nunca vista antes. Afinal, ela vivera a vida daquele homem, já nem se recordava de como era viver a sua. Porém, em nenhum segundo passou uma gota de arrependimento por seus pensamentos. Carregava dentro de si a mais absoluta certeza de que seu dever estava mais do que cumprido: em cada dia, pensou primeiro em Pedro do que nela. Porque sua própria satisfação era vê-lo satisfeito. E viu.
Ruana Arcas
~
Foi com esse texto que eu passei pra 2ª fase da tal Olimpíada de Redação do SPAE. Tava sem nada novo, então resolvi postar isso...
Beijo e bom domingão!
sábado, 5 de setembro de 2009
10 coisas que me distraem durante as aulas (além de conversar)
1) Os desenhos que se formam nas rachaduras do chão, na parede descascada...
2) Escrever meu nome 500 mil vezes em qualquer canto.
3) Escrever letras de músicas em qualquer canto.
4) ESCREVER.
5) Prestar atenção no comportamento dos coleguinhas.
6) Prestar atenção no comportamento do professor.
7) Ficar criticando mentalmente o comportamento dos coleguinhas e do professor.
8) Imaginar como vai ser meu casamento, minha casa, minha filha...
9) Pensar o que eu vou almoçar...
10) Cochilar.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Ruana por Ruana.
Não sou a mais bonita, a mais perfeita, nem a mais inteligente. Nem a mais esforçada, nem a mais engraçada, nem a mais legal, nem a mais chata. Sou normal, como qualquer outra garota da minha idade. Não consigo seguir dieta, sou apaixonada por chocolate, gosto de ficar um tempão no computador. Gaguejo quando to nervosa, meu quarto é uma bagunça, tenho branco na hora da prova, sou desatenta e, principalmente, desastrada. Compro DVDs no camelô, me atraso (e odeio quando isso acontece), gosto de me cuidar. Me estresso com facilidade, quando gosto, gosto muito e quando não gosto, ignoro. Tenho sonhos e eles mudam a toda hora. Não gosto de carnaval, prefiro os feriados de fim de ano. Adoro fazer aniversário. Tenho manias, muitas manias. Gosto tanto de ir ao cinema como ver filme em casa. Minha companhia realmente me basta, mas às vezes preciso de alguém do meu lado. Sou carente e romântica, com um coração de manteiga, mas sei ser fria e, até mesmo grossa. Não tenho paciência pra usar palavras difíceis, mas adoro escrever, sobre tudo o que realmente sei. Falo baixinho e isso incomoda muita gente; mas não quer dizer que eu não saiba gritar também. Erro, mas nem sempre me arrependo, porque aprendo. Aprendo mais com os erros do que com os sucessos.
Bem, retiro o que disse no começo; não sou normal. De perto, ninguém é. A diferença é que eu consigo ser “não-normal” até de longe.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Viajando.
Como é (ou pelo menos deveria ser) do conhecimento geral da nação, eu sou uma pessoa que adora viajar. Não fazer malas, pegar um avião e voltar dali a uns dias. Assim também. Mas eu viajo todo dia. Na aula, em casa, no ônibus, na hora do almoço... Tenho a capacidade de ir e voltar a Paris em questão de minutos. E foi em uma dessas viagens que eu me dei conta de uma coisa: o lado de dentro me importa muito mais do que o de fora.
Não que eu coma só o recheio do biscoito.
E a regra vale principal e quase unicamente quando me refiro a Ruana Arcas, a pessoa que vos fala.
Não sou uma deusa grega, linda, maravilhosa, gostosa. Sou bonitinha, normal, sei lá... Como preferir. Também não sou MEGA vaidosa. Gosto de me maquiar, estar com o cabelo arrumado e limpo e dentro do sentido da palavra ‘apresentável’. Mas a questão é que eu praticamente não ligo quando saio de casa atrasada e não passo maquiagem, por exemplo. Mas se eu acordo e não me lembro da idéia que tive na noite anterior, é o suficiente pra acabar com o meu dia.
Leio e releio cada um dos meus textos, olho meu blog várias vezes por dia, mas não é com a mesma freqüência que ME olho no espelho. Não que eu goste de estar/ser esquisita, mas é que ter o cabelo mais hidratado ou a foto mais perfeita não me satisfazem.
Eu gosto é de conteúdo. Não que o biscoito não importe, entende?
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