sábado, 3 de outubro de 2009

Dois de outubro de 2009.

Um dia que estava sendo normal... Aniversário de um blogueiro querido, teste de física gabaritado e, ah, a decisão da sede das Olimpíadas de 2016, onde a Cidade (mais) Maravilhosa estava entre as concorrentes.
E assim segue meu dia:
- Larissa, vamos almoçar lá fora comigo?
- Vamos.
(Restaurante lotado. Sentamos em uma mesa longe de qualquer TV.)
(Aparentemente, todos estavam concentrados em si próprios, mas do nada, eis que surge um “EEEEEEEEEEEEHHHHHHHHHHHHHHHHHH” geral.)
*cara de susto*
- Rio.
- Rio.
- Que susto, já tava quase falando: pooode levar tudo gente, só deixa minha comida ta? Hahahahaha.
- Éééé! Hahuahauha
*pensando...*
- Caraca, em 2016 a gente já vai ter terminado a faculdade!
- É mesmo né... *pensativa*
- Um brinde ao ano de 2016, onde iremos à abertura da Olimpíada e a todos os jogos! *brinde*
(...)

Enfim, o dia dois de outubro de 2009 (às 13:52, especialmente) vai ficar marcado pra mim. O dia em que o mundo enxergou o Rio de Janeiro e seus encantos mil com outros olhos. Não somos só o país do futebol e das praias... Temos samba, pessoas lindas, sorrisos no rosto 365 dias por ano e otimismo de sobra. O sol é muito mais lindo visto daqui. Nosso calor humano aquece qualquer inverno suíço.
Não foram só os juízes que se encantaram com o Rio. Até 2016, o mundo inteiro será louca e perdidamente apaixonado pela cidade mais charmosa desse planeta. Em 7 anos, o Rio deixará de ser só o coração do Brasil para ser também o coração do mundo todinho. De ponta a ponta.

~

(Agradeço imensamente a quem poupar os comentários "Não vai dar tempo!" ou "Até parece...". A intenção do texto é falar sobre O DIA DE ONTEM, não sobre como serão as obras nos próximos 7 anos.)

Super beijo!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

... Não resistem aos seus mistérios.

Que atire o primeiro salto fino a pessoa do sexo feminino que nunca fez aquela piada interna entre as amigas. Ou que, por um olhar, contou uma história inteira. No universo das mulheres, não existe hora nem lugar para acontecimentos; tudo é motivo de comentários e críticas, ainda que essas sejam super exageradas.

Da mesma forma que não vivemos sem um corretivo depois de uma noite mal dormida, não conseguimos nos controlar ao ver outra ‘concorrente’ com uma mínima falha no visual. Não importa se é amiga ou não, conhecida ou não; SERÁ alvo de comentários.

“Ela não é feia, é estranha... Não, ela pediu pra ser estranha na caverna, entrou na fila 10 vezes!”
“O corpo dela é quadrado, e não tem bunda!”
...São só algumas das milhares de alfinetadas diárias que distribuímos gratuitamente.

E no campo sentimental? Ah, esse assunto rende horas e horas de discussões, consolo, filmes românticos e muita pipoca e brigadeiro. Festas de pijama, altas compras, tardes exclusivamente femininas são como acupuntura. Nada de agulhas ou medicamentos, nossa dor é aliviada com muito carinho, mensagens de texto, frases ao pé do ouvido e aquelas (necessárias) mentirinhas sinceras. ‘Mentir’ sobre a nossa nocauteante beleza, não medir esforços pra nos mimar e longas sessões de massagem...

Por mais que não exista mulheres sem homens, a verdade é que entre lagrimas e reclamações, só uma mulher mesmo pra aturar outra!

Após toda saída, beijo ou encontro, TEM que ter aquela amiga pra ouvir todos os mínimos detalhes (roupa, perfume, conversas, são poucos exemplares). Impossível ficar calada, por mais que façamos apostas, não dá mesmo!

Mulher sem amigas é como mulher careca, rosas sem perfume, bolo sem cobertura.






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Essa é a minha 2ª parceria! O 2º texto feito a 4 mãos e 2 cérebros.
Cérebros femininos, claaaaro...
A parceira de hoje foi a Lele (http://leticiaalves.wordpress.com/). Nós somos o melhor exemplo desse texto, já brigamos 300 mil vezes, e sempre voltamos a nos falar... Acho que era pra gente ser amiga mesmo, tem jeito não. E junto com essas duas aí da foto, colocamos em prática tudo que tá escrito acima!


Beijos pra Leticia, Larissa, Thalita, minhas outras confidentes...

E beijo pra quem ta lendo!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

E morrer? Também despenteeia?

Ir descansar. Partir dessa pra melhor. Vestir o paletó de madeira. Não importa o eufemismo usado, invariavelmente o assunto ‘morte’ é tema de divergências de opiniões.

Apesar de nascermos com a consciência de que esse dia chegará, não nos conformamos com o fato de que não teremos controle sobre o evento. O ser humano é manipulador e egoísta demais para não se incomodar com a idéia de que a qualquer momento poderemos simplesmente morrer e nada ou muito pouco poderemos fazer a respeito.

Vai pela sorte. Ou pelo azar... Tanto faz. O relevante mesmo é que travamos longas batalhas interiores quando pensamos em como será o (último) dia.

Ontem mesmo vi um filme que se chama ´´ minha vida sem mim `` onde mostra-se o caso de uma mulher de 24 anos que se descobriu com um câncer e lhe restava apenas 60 dias de vida.

O que você faria?

Respondam para vocês mesmos. Saber que vamos morrer um dia já não deveria ser o suficiente para vivermos plenamente? Para fazermos felizes quem amamos? Para fazermos o certo? Para vivermos emoções e aventuras que nos proporcionariam uma felicidade intensa?

Precisamos mesmo ter uma notícia FATAL para vivermos intensamente?

Refuto fortemente a idéia de que o medo ou a consciência de uma morte próxima são justificativas para se aproveitar uma vida como se deve.

Temer é inútil e não anula a realidade de maneira alguma. Invariavelmente um dia você morrerá. Quer fazer alguma coisa a respeito?

Comece agora e VIVA.

Amanhã já é tarde demais.


(Bruno Cabral & Ruana Arcas, Setembro 2009)
~

Esse é o primeiro post da história do Despenteeia que foi feito 50% por mim. O responsável pelos outros 50% é o Bruno Cabral, dono do http://contemporaneorj.blogspot.com/. Ele é, há uns 11 anos, melhor amigo da minha prirmã Brunna Arcas, e, há menos de 1 ano, um dos meus (poucos) leitores assíduos. E, mesmo com toda sua agenda lotada, aceitou dividir um texto com essa humilde pseudo-escritora, hehe. Brigadão viu Bruno? Pelos elogios, comentários e pelo carinho por mim e pelo meu querido blog. Você, sem dúvidas, se tornou um dos meus escritores preferidos!

Espero que todo mundo goste do post do mesmo jeito que eu gostei!

Um beeeeijo

domingo, 20 de setembro de 2009

“O vestibular...

...virou indústria. E os robôs que saem das usinas pré-vestibulares só tem dois movimentos: marcar cruzinha e rezar.”

(Luis Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eu (me) amo.




Sério, cheguei à conclusão de que EU ME AMO. De verdade. Eu e eu mesma vivemos uma linda história de amor. Não que eu seja perfeita (seria a maior mentira contada por mim, hehe). A questão é que eu gosto de mim, assim, desse jeitinho.

É óbvio que com 365 dias por ano, em pelo menos uns 170 eu acordo odiando meu cabelo por ele estar tão estranho... Querendo usar um saco de pão na cara pelo resto do dia, pra tampar essas malditas espinhas e olheiras. Desejando poder comer sem engordar, pra ter a barriga retinha. Mas depois eu geralmente percebo que até que eu gosto do meu cabelo nem liso nem enrolado, das minhas gordurinhas (todo avião tem pneus ok?) e sei que se dormir mais um pouco as olheiras somem. E ainda amo minha boca, minhas mãos, minhas unhas, minha sobrancelha que não precisa ser feita e minhas costas (não sei por quê).

Só que eu me sinto muito mais linda quando leio um texto meu e vejo que ficou como eu queria. Quando eu tiro uma nota maior do que a que eu esperava... E quando alguém diz “Nossa Ruana, meus parabéns! Você ta se superando!”? É o paraíso aqui mesmo, na Terra.

Por isso, eu não tenho vergonha nenhuma de expor todos os meus defeitinhos, minhas fraquezas... Não quero aparecer perfeita pra ninguém, porque odeio decepcionar. Eu sou assim, como você me vê. Me amo e ainda sou correspondida.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Perdidamente apaixonada.

Um shopping lotado não é o melhor lugar pra se apaixonar, mas foi assim que aconteceu comigo.

Eu seria capaz de enxergá-lo a metros e mais metros de distância. Uma beldade daquelas era a prova da existência Divina. Que pessoa do sexo feminino não vibraria de prazer por dentro ao poder afirmar “É meu!”? A cada passo que eu me aproximava dele eu percebia o alto astral que ele emanava. Cada segundinho mais perto me fazia pensar em como eu seria feliz com um desses aos meus pés. Me deixaria mais bonita, sorridente e até elegante.

Agora que eu o tinha em minhas mãos, somente algumas notas (em uma quantidade multiplicada da que eu possuía no momento) me separavam da minha mais nova paixão. Quem mandou eu me apaixonar por um par de sapatos?



domingo, 6 de setembro de 2009

...

(...)
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: “Meu filho, o que se há de fazer!”
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade

A partir da letra da composição musical proposta, o discurso feminista estigmatizou a personagem Amélia: considerou-a o exemplo de mulher a não ser seguido, a não ser copiado. Como as intenções dos autores não eram essas, faça, em aproximadamente 25 linhas, com um título bem sugestivo, uma narrativa em que se conte a história de uma mulher que seja uma reprodução da Amélia imaginada pelos autores.



Mulher com ‘m’ maiúsculo

Não dá nem pra começar com “Era uma vez”. Não é um conto de fadas, nem deixa outras mulheres com enorme vontade de passar pelo mesmo. A história de Ana poderia receber inúmeros adjetivos, mas o que melhor se encaixa é, sem dúvidas, impressionante.

Com apenas 17 anos de idade, a ainda menina Ana se uniu a Pedro, um rapaz de 25 anos na época, muito honesto e trabalhador. Desde que era um pingo de gente, era essa a vida que pedia aos céus: dedicar-se ao marido por toda sua permanência neste planeta, até que a morte os separasse. Esse desejo, somado ao machismo de seu agora marido fez com que eles se tornassem realmente um casal, no sentido mais amplo da palavra.

Por mais que as pessoas julgassem medonha toda essa subordinação, a garota nem dava ouvidos, estava mais preocupada com o bolo no forno, que não podia solar. Aliás, sua casa era extremamente organizada, tudo em seu devido lugar, com uma perfeição de deixar muita senhora boquiaberta. Era a orquestra que ela regia.

Cinqüenta e três anos mais tarde, Ana mudou seu estado civil para “viúva”. Sofreu de uma maneira nunca vista antes. Afinal, ela vivera a vida daquele homem, já nem se recordava de como era viver a sua. Porém, em nenhum segundo passou uma gota de arrependimento por seus pensamentos. Carregava dentro de si a mais absoluta certeza de que seu dever estava mais do que cumprido: em cada dia, pensou primeiro em Pedro do que nela. Porque sua própria satisfação era vê-lo satisfeito. E viu.

Ruana Arcas

~

Foi com esse texto que eu passei pra 2ª fase da tal Olimpíada de Redação do SPAE. Tava sem nada novo, então resolvi postar isso...

Beijo e bom domingão!